Vida de brasileiro x Vida de Americano

quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Para por-lhes a par do assunto a que se refere esse post caros leitores, informo que o mesmo foi particularmente inspirado em uma recente atualização postada por muitos e curtida por muios outros em uma determinada rede social. O referido post é uma analogia entre os diferentes padrões de vida dos países EUA e Brasil. Contem a seguinte citação:

"Vida de americano: iPhone, iPod, iPad, iMac. Vida de Brasileiro: iPTU, iPVA, iPI, iCMS e a iFod... Se você concorda cole no seu mural!!!"

De antemão friso que não pretendo de maneira alguma cravar uma postura patriota, ufanista, nacionalista, visto que tais definições foram tradições inventadas, criadas ao longo do tempo por pensadores de época que tinham como objetivo instaurar o estado nação e para que haja uma nação é necessário que vários outros fatores estejam interligados. É preciso que haja um território, e dai a delimitação, as fronteiras, não obstante as pessoas têm de se sentir parte integrante daquele espaço e daí o sentimento de nacionalismo.
O que proponho na verdade é um pensamento imparcial acerca das razões pela qual uma sociedade se subjuga em relação a uma externa a ela que, se comparada mais fria e amplamente não será de fato um exemplo a ser seguido ou exemplo de qualquer natureza tendo em vista suas graves falhas e seu sistema auto-destruidor.
É de fato motivo de orgulhar-se ser integrante intrínseco de uma sociedade do consumo? Alienada, capitalizada, degradante ambientalmente e que, muito mais além, indo até a esfera governamental, cria mecanismos de governo que 'giram' a economia - e nesse caso deturpando friamente o sentido da palavra que passa de uma morfologia de retenção, contenção e economia de fato para uma esfera de consumismo, a economia tem que girar, temos que consumir, crescer, evoluir - por meio do terror?
O que a maioria da população, ou pelo menos os defensores de tal afirmação citada no referido post que incentiva o presente texto, não sabe é que fatores como a guerra fria, por exemplo, ocasionou subida abrupta e exponencial dos preço dos barris de petróleo ou ainda mais, o atentado de 11 de setembro da mesma forma ocasionou ganhos no mercado de valores exorbitantes aos investidores. Os ganhos são gerados com base no terror. Infelizmente, o que é produzido por meio do caos, tende a ele retornar.
O que quero dizer com tudo isso? Temos que nos orgulhar de viver em um país onde a cobrança de impostos atinge uma das maiores taxas encontradas no mundo? De maneira alguma. Temos de nos orgulhar de viver em um país onde as catástrofes naturais são menores se comparadas a outros fenômenos naturais de maiores magnitudes catastróficas como tornados, terremotos, maremotos e demais? Tampouco. O que pretendo com a incitação desta discussão é: As sociedades tais como as conhecemos e nela vivemos dificilmente podem ser comparadas, ao passo que todas encontram-se em estado de profunda crise. Tanto em seus sistemas financeiros, políticos e até mesmo pessoais.
Pensando na perspectiva comparativa seria de fato essa a solução para o Brasil? Encher as prateleiras com produtos que as pessoas não necessitam, mas elas não sabem que necessitam, não é? "As pessoas não sabem o que querem até você dizer a elas" Já dizia Steve Jobs. Essa seria a solução de felicidade, ordem e desenvolvimento para nosso país? Ou ao contrário tornaria as pessoas ainda mais alienadas do que ocorre nas esferas dais quais não tem acesso tornando as taxas ainda mais abusivas e a corrupção ainda mais generalizada e enraizada em nosso sistema, tendo em vista que as pessoas estariam ocupadas demais com seus novos brinquedos e ainda preocupadas demais com o lançamento de versões mais atualizadas para satisfazerem suas possíveis necessidades?
A solução não está no governo, não está na elite, ou tampouco nos pobres. A solução está nas pessoas. Os termos elite, pobreza, capitalismo, comunismo, socialismo e demais 'ismos' que nos foram apresentados foram criados, inventados e disseminados de tal forma que acreditamos que são conceitos irrefutáveis, simplesmente existem e você como ser humano pensante ou não - e acredite para alguns realmente existem pessoas não pensantes- tem que pertencer a um deles. Se não é Socialista é automaticamente capitalista, democrata. Se vai contra tudo, anarquista. Sabendo portanto, que a mudança está em nós, porque não darmos o primeiro passo e aprendermos a pensar por nos mesmos?! Dizer a essa sociedade do consumo e às grandes corporações responsáveis por criar em nós vontades que não temos, necessidades que não existem e desejos que não possuímos que SIM, nós sabemos o que queremos e o que precisamos. Sim! Nós pensamos e não precisamos que um CEO que acredita ser inovador e genial porque a mídia disse que era, me diga o que preciso.
Já dizia Gandhi sabiamente há 40 anos atrás "Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo".

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